segunda-feira, 6 de julho de 2009

Pra começar, eu quero uma praia com um sol gostoso de fim de tarde; meus pés descalços desfrutando do prazer de caminhar sobre a areia fofinha e macia, ouvindo o som das ondas do mar. Quero sentir a liberdade e ter a sensação de estar no paraíso. Quero molhar meus pés na água, olhar pra cima, pro céu azul com nuvens brancas e fofinhas e agradecer a quem ou o que quer que seja que criou tudo isso.
Quero sentir um abraço apertado por trás, fechar os olhos e pensar que é exatamente nesse abraço que eu quero ficar presa. Pra sempre. Quero agora caminhar de mãos dadas, em silêncio, mas um silêncio de admiração, de prazer; um silêncio presente simplesmente por nao haver palavras para descrever, explicar ou enfeitar esse momento; um silêncio cortado apenas por alguns sorrisos tímidos hora ou outra. Quero um olhar apaixonado e um "euteamo". Não. Só um não é suficiente. Quero mil "euteamo". Exatamente mil...
Quero o pôr-do-sol. Quero ver a noite surgindo, o céu escurecendo vagarosamente e a primeira estrela aparecendo primeiro com um brilho meio apagado, depois com um brilho vivo e intenso. Quero fazer um pedido pra essa estrela: "Quero que o meu mundo continue assim pra sempre". Quero adormecer em braços que não são os meus próprios, mas são meus. Quero acordar com raios de sol ultrapassando a cortina do meu quarto e entrando nele sem pedir permissão. Quero beijos de bom dia, um banho de água quente, um café da manhã com torradas e mel e um dia diferente, porém igual...

quinta-feira, 2 de julho de 2009


Maldita era digital que nos tornou um bando de alienados dependentes do computador. Uma semana sem internet e eu já me vejo como a pessoa mais desinformada do mundo. E eu imagino como a minha mãe vivia sem msn, orkut, twitter, flickr, facebook, myspace, fotolog, blog, email e, sendo um pouco mais antiga [afinal, estamos tratando da minha mãe [?]] o bate-papo da bol. A programação da TV é incapaz de trazer o prazer que um dia inteiro online traz. Livros? Esses foram esquecidos a muito tempo. Shakespeare, José de Alencar, Cecília Meireles, Camilo Castelo Branco, Álvares de Azevedo... pobres coitados! Quem se importa com eles? Na internet tem coisas bem mais interessantes para ler:

-O texto do fotolog do amordasuavida contando o quão interessante foi ter que passar o fim de semana cuidando do priminho dele de 6 meses para receber 20 pila e ir pra farra com os amigos: beber, cair e levantar!
-Os babados da festa de sábado, que você não pode ir mas que sua best fez o favor de lhe relatar tudo em 5 longos depoimentos que sempre começam com "NÃO ACEITA" ou "APAGA DEPOIS".
-O seu scrapbook lotado de mensagens automáticas (lê-se: vírus), ou até, porque não o scrapbook dos seus amigos? [Mas eu confesso que o dos inimigos é bem mais interessante]

É, realmente você acha que se Shakespeare tivesse pelo menos uma internet discada ele teria perdido o tempo dele escrevendo romances como Romeu e Julieta? Certamente que não! Ele estaria com certeza muito ocupado pensando em que foto postar no fotolog, respondendo recadinhos e vendo vídeos no youtube.
E o que seria de nós sem a magnífica história do amor proibido de Romeu e Julieta que acabou por matá-los [de amor?] para nos entreter e nos fazer sonhar e desejar um amor igual? E pior ainda... sem Romeo and Juliet, o que seria das minhas noites sem internet?

Obrigada seiláquem por não ter criado o computador no século XV e assim, não ter tornado os escritores românticos uns alienados virtualmente assim como eu.

Agora com licença, que eu ainda tenho que responder 10 recados, postar foto no fotolog, comentar no fotolog dos meus amigos, ver o clipe novo do mychemicalromance no youtube e tem um monte de janelinha laranja piscando e fazendo uns barulhinhos aqui... preciso dar atenção à elas! Beijos


15-09-2008

Eu poderia encontrar agora mil coisas pra falar, mil coisas lindas e felizes. Mas não tem jeito! O que nos é mais interessante é o que nos incomoda. E ultimamente uma coisa tem me incomodado muito: a forma como a educação é vista pela sociedade, ou melhor, como o educador tem sido visto.
Eu, como estudante de Letras e futura professora fico indignada com a desvalorização de tal profissão. É totalmente revoltante ver como as pessoas se comportam ao saber da minha escolha profissional. Eu tenho que "pensar alto", "elevar o nível", eu vou "morrer de fome". Isso me estressa!
Desde quanto ser Professor é ter um nível baixo? O que é esse nível? Quem decide quais são as profissões que são de alto nível?
Vou começar falando da importância que um professor tem na vida de todo mundo com duas perguntas:
1-Quantos professores você já teve? Difícil de contar, não é? Foram tantos; tantas coisas aprendidas; tanta paciência gasta com você, pra no final das contas você chegar e dizer que não é uma profissão de alto nível? Mal agradecido!
2-Se você não estivesse passado por nenhum professor, o que você seria hoje? [Não vale dizer presidente do Brasil ¬¬' ]
Falta muito reconhecimento por parte da sociedade para, a partir desse ponto se pensar em uma valorização maior da profissão de educador.

"Dar aula não é nada simples. Talvez seja a tarefa mais sofisticada que a espécie humana já concebeu" Fernando Haddad - Ministro da Educação
De fato. Ser professor é carregar nas costas os 12 trabalhos de Hércules e ainda ter paciência para executa-los e viver [socialmente falando] ao mesmo tempo.
O fato de eu ter escolhido isso para a minha vida me torna suspeita no meu proximo posicionamento, mas eu acho que o professor chega a ser mais importante que o médico.
Ok! Professor não salva vidas [não na prática], mas alguém já parou pra pensar que, pra um médico ser o que ele é hoje, ele teve que passar pelo menos 6 anos nas mãos de dezenas de professores? Isso sem contar os 11 anos da Educação Básica.

Então, não venham mais me dizer que eu preciso escolher uma profissão melhor pra eu crescer na vida; eu só vou crescer mesmo se eu estiver satisfeita profissionalmente. Eu escolhi ser educadora, eu vou ser educadora e ponto final.